A Origem

Vamos às questões que remetem aos Escolhidos, de forma principal. Lembrando que este nível de informação pode levar anos para que alguém a adquira. Isso ocorre se essa pessoa tiver “sorte” e for criada no meio espiritual ou encontrar recursos semelhantes ao longo da vida. O normal é que a pessoa viva dando cabeçadas e se descubra muito lentamente, ao custo de uma vida inteira. Sintam-se afortunados pela riqueza de informações.

Obs.: Os termos que costumamos usar são tomados por tradição nossa, assim como a origem de 99% dos membros da ordem: o Céu. Sendo que poderíamos encontrar termos e explicações equivalentes, porém diferentes em locais como a Índia, África, tribos nativas, etc. Essa parte é a universalidade que é tão difícil de aceitar/conviver, mas a Obra é a mesma para todos, assim como as obrigações e compromissos.

Conteúdo

Vamos ao ponto mais básico e emblemático da nossa realidade: de onde viemos?

Do Céu. Certo, então isso nos torna anjos/arcanjo e filhos de algum “el” lá de cima, para ser bem direto e claro. Lembrando que muitos “pais” celestes podem não mais estarem no Céu, tendo caído ou sido exilados (como você já bem sabe). Mas a origem ainda é a mesma.

Agora, vamos às bases e respaldo escrito, bíblico e/ou apócrifo, sobre nossa origem. Ressaltando que a melhor abordagem dos Escolhidos foi feita no Livro de Enoch. Um livro que fez parte da Escritura durante toda a época antiga, tendo sido guardado pelos Essênios durante séculos, até um ataque romano. Os pergaminhos foram escondidos em urnas e colocados em fendas nas rochas e cavernas ocultas. Tendo sido encontrados em Quiram por volta de 1947 e são famosos como os Manuscritos do Mar Morto.

Como o Livro de Enoch fazia parte da Bíblia original, tornar-se-ia muito acessível com o passar do tempo e há ali informações que não devem ser acessíveis a qualquer pessoa. Por esta razão Deus permitiu que a Igreja Católica editasse a Bíblia no Concílio de Trento, Sec. IV, e o texto fosse removido.

Vamos aos textos:

“Naqueles dias a raça eleita e santa descerá do Céu e sua semente estará com os filhos dos homens.” – Enoch 39:1

Pouco a se falar sobre este versículo. Raça “eleita e santa” somos nós. Eleitos por causa da obra. O profeta Enoch narra seu encontro celeste com muitos Escolhidos e os chama de Eleitos no seu livro. Raça “santa” porque são do Céu, puros. O termo “semente” foi cuidadosamente colocado para explicar a forma como os Escolhidos são enviados. Não é através de viagens astrais, portais ou falanges angelicais emergindo sobre o mundo. Nós nascemos como homens. “Filhos dos homens” é um termo clássico muito usado na bíblia. Principalmente, no livro de Gênesis. Sempre usado para referenciar a humanidade.

“Eu também mudarei a face da Terra, a abençoarei; e farei com que aqueles a quem elegi habitem sobre ela.” – Enoch 45:5

Novamente, pouco a se falar. Deus muda a face da Terra porque a chegada dos Escolhidos é um advento importante na nossa história, assim como na história do mundo. É parte de um ciclo. Temos escolhidos trabalhando desde a antiguidade, mas nunca nascimentos em massa, como nas últimas décadas. Este é o cumprimento deste escrito. Lembrando que o próprio Pai trata como benção para a terra a chegada de seus filhos celestes. Uma pena que nem todos os escolhidos sintam-se honrados e abençoados com suas funções.

“Naqueles dias os santos e escolhidos sofrerão uma mudança. A luz do dia descansará sobre eles e o esplendor e a glória dos santos será transformada.” – Enoch 49:1

O profeta Enoch deixa claro que não basta o eleito nascer. Há uma promessa celeste onde o Escolhido terá posse da sua capacidade celestial. Logicamente, há passos a serem seguidos, como veremos adiante.

“Os santos e eleitos têm se levantado da Terra. Têm deixado de deprimir seus semblantes e terão sido vestidos com as vestimentas da vida. Aqueles vestidos da vida estão com o Senhor dos Espíritos, em cuja presença não envelhecerão, nem será diminuída sua glória.” – Enoch 61:18

Complementando o versículo anterior, há a promessa de vestes de vida para os que estiverem com o Senhor dos Espíritos (o Pai), e não desanimarem na caminhada. Por isso é tão ressaltado que precisamos andar com Deus, pois só assim nos descobriremos e acharemos nossa própria glória, porque o Pai nos vestirá com ela.

Sobre a nomenclatura usada no Livro de Enoch, o profeta usa “Senhor dos Espíritos” para o Pai; Eleito para Jesus e Ancião de Dias para YHWH (Yavé). Nós nos acostumamos a chamar o Pai de “Deus”, que vem do hebraico D’us, que foi uma forma criada pelos judeus para chamarem o Pai e não descumprirem o terceiro mandamento, que ordenava que o nome de Deus não fosse dito em vão. Esta já seria uma aula bem mais avançada. O assunto foi abordado só porque pode parecer estranho ler “Senhor dos Espíritos”, uma vez que estamos acostumados com “Deus”.

Agora, vamos entrar na Bíblia, diretamente, com referências para os Escolhidos.

“Por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor.” – Ezequiel 28:7

Esta é uma profecia sobre a guerra espiritual que haveria num tempo futuro. “Estrangeiros” é usado porque os eleitos para a batalha seriam pertencentes a outras terras. No capítulo de Ezequiel é referida uma profecia contra o Rei de Tiro. Este rei fora usado como referência de Lúcifer, fato que nos esclarece a questão da guerra espiritual dos escolhidos contra as forças do Inferno.

Apenas para informação adicional, eis os versículos que deixam clara a alusão a Lúcifer:

Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.
Estiveste

 no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.
Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.
Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.
Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.
Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.
Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá.

Ezequiel 28:11-19

A referência no Novo Testamento fica no Livro de Apocalipse. O apóstolo João fala de uma espécie de elite que estará ao lado de Jesus e dos anjos no tempo final. Eles sairão à batalha contra os demônios. As três citações falam dos emblemáticos 144 mil salvos, que no nosso entendimento, são todos Escolhidos.

“E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel.” – Apocalipse 7:4

“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.” – Apocalipse 14:1

“Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.” – Apocalipse 14:4

Entendemos como referência os Escolhidos por possuírem um grau de elevação, se comparados aos demais citados no livro, também ao fato de possuírem uma marca espiritual na testa, que é possuída por todos os Escolhidos, bem como serem as “primícias” para Deus e Jesus.

Nota: Estas informações são de extrema importância para TODOS nós. Não foram passados por anjos ou qualquer mensageiro espiritual. Nós as adquirimos e absorvemos por nosso esforço próprio, tendo o Espírito Santo para dar discernimento e Sabedoria, de modo que conseguimos “encaixar peças” da nossa existência. Ou seja, ao longo dos anos, fomos atrás de tudo isso, para nós e para vocês. Valorizem anos de estudo sendo liberados.

Se somos a semente do Céu, Deus é como o Sol. Não dá pra crescer sem ele ou longe dele. Será de extrema importância que façam frequente leitura da Bíblia, bem como meditação sobre o que foi lido. Estamos abertos a discussões, debates e toda sorte de trocas, mas deve haver dedicação de todos.

Agora que já foi esclarecida a questão da nossa origem, abordaremos a questão “por que viemos?” na próxima aula.

Abençoados sejam!